terça-feira, 20 de setembro de 2011

UM BOM PRODUTOR MUSICAL

Muitos artistas na hora de gravarem seus trabalhos escolhem produtores, ou mesmo músicos apenas por suas "qualidades" técnicas, bastante virtuosos, e isso impressiona bastante, é verdade.
Mas não é só isso que faz um grande produtor, e nem só isso que vai determinar se ele é o tipo melhor indicado para seu trabalho.
Por mais experiênte e técnico que seja o profissional, a questão conceito e inspiração devem ser levados em conta, sem contar o fator estilos e perfis musicais que o produtor melhor se enquadra.

ELES NUNCA FORAM VIRTUOSES... MAS SÃO GRANDES PRODUTORES
Tomando por exemplo a história do Rock e da música Pop como um todo, muitos produtores de sucesso e que fizeram história são músicos virtuosos.

Andrew Loog Oldham
O primeiro produtor dos Rollings Stones mal entendia de técnicas de gravação.


Sam Philips
O lendário Sam Philips da Sun Records, não tinha tanto conhecimento técnico, mas sua talentosa intuição o levou a descobrir e gravar, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Carl Perkins, e produzir e gravar também grandes ícones como, B.B. King, Howling Wolf, entre outros.


Brian Eno (www.myspace.com/ambientlegend)
Também não consta que Brian Eno seria um virtuose, foi convidado pelo pessoal da Roxy Music pra dar um toque especial no som da banda, com suas idéias de mixagens e sintetizadores


Phil Spector
Phil Spector entrou pra história por conta da sua criatividade na hora de conseguir uma sonoridade marcante, seu famoso "wall of sound", que era tão admirado por John Lennon e tantos outros!

Por Joanatan Richard

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

IPOJUKE FESTIVAL: UM NOVO TEMPO!



Está surgindo em Caruaru uma nova cena musical, que tem a microrregião do Vale do Ipojuca, o agreste como referência.
A mesorregião do Agreste de Pernambuco com população de 828.290 habitantes, é banhada pela bacia do rio Ipojuca, de onde vem esse nome, rio que entre as cidades que corta, está Caruaru, a principal cidade da região, a 4ª mais populosa do estado.


Em dezembro quatro bandas e alguns parceiros do setor privado, realizam o IPOJUKE FESTIVAL, no intúito de mostrar que Caruaru, além das feiras, do artesanto, da maior festa junina do país, tem muito Rock, Blues, Metal, Pop, Samba, Hip Hop, e muito mais!.
Aguardem mais detalhes em breve!

Por enquanto visite o site do evento: www.ipojukefestival.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Joanatan Richard gravando trabalho solo


O trabalho solo do guitarrista e vocalista da The Bluz,  finalmente deve sair da gaveta e se tornar realidade este mês.
O projeto será voltado para o rockabilly, rock 'n' roll, Jump cheirando ao som dos anos 50, e contará com Danilo Hansem na bateria e Mariel Coxa no baixo, ambos fazem parte da Blues The Ville de São Carlos (SP), cidade onde será gravado o trabalho. Contamos ainda com toda a força e participação do guitarrista Netto Rockfeller e toda equipe do Estúdio Papagaio Records os também competentíssimos Bruno Marques e Claudinho Mendonça.



Fotos/Créditos 
Esquerda - Danilo Hansem: Album Facebook
Centro - Joanatan Richard:  by Fernando Albuquerque
Direita - Mariel Coxa: by Emilaine Prado

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quer prensar seu CD? Hoje está mais em conta!


Muitos artistas, bandas, cantores, compositores, etc, sonham em prensar oficialmente seus trabalhos, muitas vezes gravados há anos, mas pela dificuldade que sempre encontrou-se para pagar um valor não muito convidativo para artistas sem patrocínio, e praticamente todo a vista, muita gente desistiu de encomendar seus CDs fabricados profissionalmente e industrializados.

OS FORMATOS MAIS PRENSADOS

Formato SMD
Idealizado pelo cantor Ralf, da Dupla Chrystian & Ralf, o SMD (Semi Metalic Disc) ajudou a baratear em cerca de 30% na produção dos discos, pela forma de fabricação, que se dá por um processo que utiliza menos do material metálico que suporta o audio.Confira mais detalhes aqui.
Para facilitar ainda mais a SMD aceita o pagamento financiado via BNDES!
Lembrando que a qualidade do mesmo não difere do convencional "CD", nem interfere na boa execução em qualquer aparelho de som, comoalguns podem imaginar.
Preço final mais barato, com a finalidade de vencer a pirataría, esse formato tem como norma, a impressão do valor de R$5.00 ou R$7.00 na capa.

CD Formato Convencional
O formato criado e patenteado pela Philips anos 80 ainda é o mais procurado pela maioria, mesmo que ao decorrer das décadas o preço final para o consumidor tenha ficado inacessível, principalmente para as classes menos favorecidas, chegando a custar duas ou três vezes a mais que seu custo fabricação!
Hoje, depois da falência das grandes gravadoras ser decretada por muitos especialistas, elas que sempre foram os principais clientes das fábricas de CD, ainda é grande a demanda.
Muitas fábricas estão fazendo financiamento também via DNDES em bsuca de facilitar a prensagem para artistas independentes.













Vinil LP
Mesmo tendo a melhor qualidade e equilíbrio de áudio de todos, esse continua sendo o formato menos acessível, por conta do valor alto da matéria prima, que é derivada do petrólio, e outros elementos e processos da fabricação que o encarecem mais que os outros.
Porém continua sendo optado por muitas bandas brasileiras, no exterior nem se fala, a demanda diminuiu mas não parou, aqui também não parou totalmente, a Polysom a única fábrica do país a continuar, fechou por um tempo mas depois voltou com outro dono.

Vale a pena prensar?
Muitos especialistas e artistas experientes afirmam, não adianta ter somente uma cópia das suas músicas em um CD-R, por mais bem produzido e arrumadinho que fique, ou apenas distribuir pela internet, pois, as lojas, revistas especializadas, TVs, a mídia em geral e produtores de shows e eventos, darão mais valor a prensagens profissionais e industrializadas.Pensem bem nisso!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ser ou não ser!


Na hora de gravar um novo trabalho sabemos da importância de saber escolher os músicos ideais para cada trabalho de acordo com cada estilo.Existem músicos que parecem ter nascido pra tocar de tudo, especialmente aqui no Brasil, que é tão rico em gêneros e ritmos, e sendo músico nordestino nem se fala!

EXPERIÊNCIA
Recentemente participei de mais uma sessão de estúdio como guitarrista de um trabalho que eu estou produzindo, dirigindo e arranjando.
Na hora de gravar alguns solos de guitarra o artista (eu faço questão de saber se o mesmo está satisfeito com minha criação e execução antes de gravar), esse artista sugeriu que eu não fizesse uma determinada nota em um trecho, pois a achava muito característica do meu estilo própio de tocar guitarra.
Onde quero chegar com esse assunto?!
Quero dizer que por mais que um músico se dedique ao mundo da gravação e seja eclético (guardadas as proporções, assim me considero), acho quase impossível não deixar sua marca pessoal, de forma a emprestar para a gravação todo seu DNA.
SER OU NÃO SER
Acredito que existem muitos músicos veteranos de bandas de baile e de gravação que são verdadeiras máquinas de copiar e reproduzir o jeito de tocar de grandes nomes da música, me refiro especialmente a guitarristas, mas raros são os que conseguem ter seu própio estilo e sua marca e que irão ser lembrados por terem uma marca pessoal!

Por isso que eu digo, ser ou não ser... eis a questão!

Por Joanatan Richard

sexta-feira, 3 de junho de 2011

DICAS PRECIOSAS PARA UM BOM CHECKING ÁUDIO


Gente eu gostaria de falar pra vocês desta vez sobre a importância de um bom checking áudio (passagem do som) de sua banda em um evento com características de festival ou festa de rua. Tem sempre aquela situação em que você vai participar de um show seja de rock, sertanejo ou forró em que existem umas duas bandas antes de você e mesmo assim você quer passar o seu som para garantir uma boa performance mais tarde. Mais o que geralmente acontece é justamente ao contrário parece que quando você vai tocar a noite tudo foi revirado não esta do jeito que você deixou. Então pra evitar esse tipo de problema vão algumas dicas:
1-        
      1 - Mesmo a mesa sendo a ultima palavra em tecnologia digital que pode salvar a cena de tudo que o técnico endereçou e equalizou e etc. Mesmo colocando no seu pen driver pessoal lá no palco tem uma equipe que nem sempre decora qual o canal do violão da terceira banda ficou a tarde se foi no lugar da guitarra base da segunda, etc.   SOLUÇÃO- O seu ROADIER pessoal pode escrever tudo que se passou no checking em um bloco de anotações (Analógico ou digital não importa) marcando com fita os cabos dos microfones e os direct boxes usados na sua banda.
2-       
        2 - Posição de monitores e pedestais também sempre é bom decorar ou anotar para se voltar ao mesmo lugar na hora do show
3-     
        3 - Se sua BATERIA é usada só na hora que o seu músico for tocar é de extrema importância que se checking todos os canais principalmente os que forem diferentes dos outros anteriores a você, para assim evitar um desavisado ligar trocado os canais de trigers de bateria eletrônica, por exemplo: “Vá por mim, isso já aconteceu comigo e não faz muito tempo não”
4-     
        4 - Tomadas de AC dos amplificadores e teclados pedais de efeitos e etc. com consciência que eletrônica e energia sempre são criaturas temperamentais é bom conferir tudo isso com naturalidade como se tivesse afinando um instrumento.
5-       
      5 - Os técnicos tanto de P.A. quanto de monitor devem se a mesa for digital da uma olhada em todas as configurações da cena pra não ter surpresa como, por exemplo, um Reverb que com capricho selecionou todos os parâmetros para se encaixar na mix e por uma fatalidade não ter sido salvo na cena. “Acontece sim” ou aquele equalizador virtual que você destinou ao bumbo, ao voltar a sua cena ele esta configurado para um auxiliar, simplesmente por você não ter salvo na cena, e quando fez o RECALL a configuração voltou a cena anterior.
6-       
      6 - Dica: sempre que fizer um novo ajuste na sua cena salve logo em seguida.
7-       
      7 - Muitas vezes você está na mesa de P.A. e a empresa não colocar nenhuma forma de comunicação com o palco. Ai é um Deus me acuda porque os produtores, rodies e músicos nunca olham pra você só quando o som da uma microfonia ou para o sem fio por falta de bateria. SOLUÇÃO- Peça ao seu produtor para comprar aqueles rádios ALL TALK (COMUNICAÇÃO) ou recrute um rodie para uma função de pombo correio para enviar e buscar informações do que acontece naquele momento.
8-    
        8 - Espere a banda que está tocando antes de você para o show deles e retirarem todo o material que pertencem a eles do palco e só assim subir o seu material evitando trocarem algum equipamento sem querer.
9-       
      9 - Caso a banda use sistema de retorno com fones de ouvidos (pontos) o ideal é que todos os músicos ordeiramente se posicionem em seus lugares e façam um checking para saber se não foi alterado nada do checking da tarde, uma boa dica é o técnico de monitor pedir para um músico checar o seu retorno e logo em seguida esse mesmo músico tocar para os outros que quiserem ouvi-lo também chequem os seus retornos pessoais de ouvido.

Bom, gente, o importante é que todos fiquem atentos a tudo e a todos para que o show seja realmente um sucesso.
Um abraço e até a próxima.
                                                 
Thadeu Alves é Técnico de áudio a 27 anos de profissão Atualmente é mixer de vários artistas da cena musical Pernambucana.

terça-feira, 10 de maio de 2011

COMECE HOJE!

Recentemente um amigo me procurou dizendo sobre sua ansiedade para poder começar a gravar algumas composições que há tempos pensa em gravar, colocar em prática esse sonho.
E fiquei pensando no quanto tem de gente com a mesma expectativa de realizar o sonho de gravar eu própio disco.
Confesso que eu mesmo passei muitas vezes por essa situação, cheio de composições e idéias fervilhando mas não sabia como começar!

Atualmente muita coisa se tornou acessível, adquirir imóveis, automóveis... e também gravar e prensar seu tao sonhado disco (ou CD), como é mais comum aqui no Brasil.

QUEREMOS MELHOR SERVIR

Nós que fazemos a Ipojuke temos buscado cada vez mais oferecer a melhor prestação de serviço possível, seja na produção musical, incluindo pré-produção, arranjos, direção e mixagem do seu projeto, assim como a geração do ISRC e assessoria fonográfica.
E o melhor de tudo é que nossos serviços cabem muito bem no seu bolso, pois uma das nossas idéias é democratizar o acesso a gravação.

QUER GRAVAR SEU TRABALHO?

Então há tempos você(s), pensam em dar início a gravação daquelas composições que por meses e anos vem sonhando em ouvir prontinha, com arranjos bem colocados e uma sonoridade legal, querendo inclusive mostrar e divulgar por todos os meios possíveis, desde aquele amigo ou mesmo ouvir em rádio, TV, revistas e em outros meios de comunicação!

PLANEJAR BEM

Antes de mais nada é importante lembrar que apesar de o texto dessa postagem ser de incentivo a tomada de atitudo, não queremos aqui passar uma idéia de "ôba-ôba", ou de vender um serviço de qualquer maneiro a qualquer custo.
Tem que haver um planejamento em vários aspectos, passo a passo, da parte artística a financeira.

PASSO A PASSO EM PINCELADAS RÁPIDAS:
 . Componha, apronte e organize cada música o melhor e mais inspirada que puder, ou pegue composições de amigos (se esse amigo for um artista já famoso melhor ainda, eheheh)!

 . Se for banda e todos pretendem gravar, primeiramente façam exame honesto com autocrítca e também ensáiem bastante as músicas, isso ajuda a baratear.

 . Artistas solo, cantores, se vai contar com um produtor e ele for competente, tudo bem, se não, muito cuidado na hora de convidar quem vai gravar, e lembre, o barato pode sair bem mais caro!Amigos... negócios a parte, gravar é coisa muito séria.

 . Pesquise bem os estúdios de gravação, opte por um que além de ter um pessoal competente e aberto as suas idéias, também proporcione o melhor custo-benefício.

 . Deixe o ego de lado, pense sempre no que for melhor para o trabalho, nem sempre todas as idéias de quando compomos serão as melhores ou únicas opções na hora de gravar e colocar os arranjos.

 . Agora o orçamento, se gravar é um sonho por que não planejar bem antes, economizar, dar um tempo na TV por assinatura por uns tempos, cortar alguns gastos supérfluos (não quero interferir na intimidade de vocês, ehehe), afinal você quer ou não investir na gravação tão sonhada?

Por Jonathan Richard

DISSECANDO O CD MISSISSIPPE


Confira tudo sobre a gravação do CD MississipPE da The Bluz atrevés do link: The Bluz blog

quarta-feira, 27 de abril de 2011

CABOS BLINDADOS


















Muitas vezes em uma instalação deparamos com sistemas que apresentam “zumbidos” de fundo, e ás vezes são tão intensos que inibem o sinal que se deseja amplificar.
Todos os sinais de pequenos níveis exigem que sejam blindados os cabos que os levam aos amplificadores ou mesas de mixagem, justamente porque a nossa rede domiciliar irradia o incomodo zumbido de 60 Hz, que por ser de ordem de 168 Volts de pico em corrente alternada (AC), já é mais do que suficiente para “invadir” e se somar a estes níveis, e um cabeamento aberto funciona como uma “antena” para todos os sinais irradiados nas proximidades da instalação.
Não se deve confundir cabo blindado com cabo coaxial. Tanto um como o outro até podem ser usados em sonorização, mas, somente os coaxiais servem para serviço de Telecomunicação e de Radio Difusão, devido as suas características dielétricas constantes.

SABER ESCOLHER
Quanto ao melhor cabo blindado, os de malha trançada são considerados os que menos zumbido apresenta em linha aberta, ou seja, uma extremidade ligada ao amplificador, e a outra sem qualquer conexão.
De qualquer forma você deseja saber qual o cabo com menos indução (Nome dado a capacidade de captar ruídos externos) oferece, poderá ser feito o teste de “malha aberta”; colocando uma das extremidades do cabo de 100 metros que você deseja adquirir á entrada de um amplificador de potencia, com o volume próximo ao Maximo. A outra extremidade devera esta aberta. Não devera ser observado zumbido, se a peça de cabo for realmente de boa qualidade.
Com relação a durabilidade,esta associada a quantidade de “filetes” que possui o seu condutor central (fios finos que compõe). Quanto maior for a quantidade de filetes, e quanto mais flexíveis forem os mesmos, maior será a durabilidade do cabo, e menor  será a chance de rompimento durante o serviço. Não são recomendados cabos com filetes rígidos, pois os mesmos durante o tempo de uso acabam por se romper internamente, principalmente durante o recolhimento.
Dependendo da finalidade, os cabos de filetes rígidos, alguns tipos possuindo fios de aço misturados aos de cobres, podem ser usados tranquilamente em serviços de auto-suporte (esticados no poste).

TIPOS DE CAPEAMENTO
Outro fator importante é o tipo de capeamento usado. Os tipos emborrachados são os mais cômodos, talvez não sejam os mais duráveis devido a sua altíssima flexibilidade, permitindo o rompimento do condutor central quando tracionado (esticado). Já os capeamentos plásticos já permitem um auto-suporte externo evitando que trações (estiramentos) acabem por romper o condutor central. Contudo, você deverá associar a qualidade do material usado ao beneficio do seu serviço de sonorização.
São considerados pequenos sinais, necessitando de cabeamento blindado:
a)      Saídas ou entradas nos pré-amplificadores, amplificadores e mesa de mixagem:
REC, TAPE, LINE IN, LINE OUT, AUX, FM, MIC P.A. e LINHAS BALANCEADAS.
b)     Saídas Guitarras elétricas e microfones em geral.

Portanto caros amigos é importante cuidarem dos seus cabos pois convém lembrar que 99% dos problemas de instalação sonora são provenientes de cabos partidos ou conexões mal feitas.

Por Thadeu Alves 
Técnico em Mixagem              

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A DIFÍCIL ARTE DE SER ORIGINAL


Caros amigos músicos, técnicos e demais amantes do mundo do áudio, muito se escuta falar sobre o que faz um grande artista.
Mas em geral a quantidade de aspirantes a grandes nomes do cenário musical pop ou alternativo que ainda não percebem a diferença entre ser original ou em apenas ter boa técnica é muito grande.
De fato não é fácil encontrar "um caminho" quando o assunto é ser original.


                       GARIMPANDO E LAPIDANDO 


Que tem muitos cantores e bandas boas escondidos atrás da falta de oportunidade isso não é novidade!
Em meus trabalhos como produtor musical tenho observado sempre a seguinte questão, que muitas vezes alguns teem muitas limitações técnicas, mas tem criatividade e originalidade de sobra, em outros casos é o contrário, muita técnica mas pouca alma e originalidade!
Um dos meus grandes desafíos na produção de um projeto, seja single ou album completo, é justamente buscar trazer a tona o que há de melhor do artista.
Pra isso procuro descobrir em primeiro lugar se o material composto é bom, esse já é um grande indicador se o trabalho vai ser realmente legal ou não.
Depois visualizar os arranjos que melhor vão se encaixar no material e fazer uma "estrutura" bem feita e coerente de todas as idéias, e partir para execução e interpretação propiamente ditos.

                          UM BOM EXEMPLO


Um bom exemplo do que citei sobre originalidade é o programa para novos talentos, Ídolos, pois lá vemos vários "níveis" de qualidade técnicas e artísticas de cada candidato.
Alguns realmente não possuem nenhuma vocação para cantar, e falta muita coerência e autocrítica, mas a parte que mais interessa analizar aqui é justamente o "felling" dos jurados em distinguir quem apenas canta bem de quem realmente interpreta com personalidade e distinção, e claro com consciência e técnica também.
Outro detalhe mais interesante é que muitos dos candidatos eliminados já na primeira etapa são cantores da noite e até já são profissionais.

                              AUTOCRÍTICA

Então meus nobres amigos, muita atenção em si mesmo, muita autocrítica, não se guie apenas pelos elogíos feitos por familiares e amigos, que com todo respeito, não são do ramo e não entendem a diferença entre as diferentes qualidades que um artista precisa ter pra realmente poder ser um dos bons!
Eu particularmente falando sempre usei e uso um dito popular que diz: Em terra de cego quem tem um olho é rei.
Desde minha iníciação na música, gostando ou não, procurei refletir sobre as críticas feitas a minha maneira de cantar, tocar, compor.Já tive até a oportunidade de ouvir elogíos e críticas de grandes músicos do cenário nacional, e isso tem me ajudado como referência de mim mesmo, o que tenho que melhorar a cada dia!

               O QUE É DE VERDADE EM VOCÊ
                               Lady Gaga: http://thegloss.com/beauty/gallery

Não deixe a tentação de querer parecer com um determinado artista lhe pegar, pois até aquelas pequenas "falhas" na sua forma de cantar, tocar ou mesmo quebrar algumas "regras" impostas por certos padrões podem ser sua marca pessoal, sua impressão digital, só você vai ter!
Quero citar dois exemplos:
Já pensou se Lady Gaga fosse apenas mais uma cantora "estilisticamente" correta?
O que seria de Elvis Presley sem aquele jeito caipira de ser combinado com sua fúria juvenil e ao mesmo tempo tímido de ser?

Não quero dizer que não devemos pegar elementos e idéias de outros artistas, quanto mais influências e referências tivermos melhor.
Coloque sua alma, sua verdade pra fora, tenho coragem de ser você mesmo!

Por Jonathan Richard

terça-feira, 12 de abril de 2011

SOM FLAT


O QUE SERIA UM SOM FLAT?

A Palavra FLAT escrita em inglês tem vários sentidos e em vários seguimentos, na construção civil, na música escrita, na marinha, geografia, etc.Basta vocês fazerem uma pesquisa rápida no Google ou um tradutor de texto e verá esses exemplos, mas na linguagem nossa da mixagem tanto no estúdio como no show ao vivo, essa palavra FLAT tem o significado de neutro, sem alterar o som original ou o ponto de partida de um equipamento, ex: mesa de som, equalizador gráfico, ajuste de efeitos em geral.
Na maioria das mesas digitais você encontra a função FLAT para que o seu equalizador volte a sua posição inicial [eletrônica, eletricidade] ponto plano em um comutador, resultante de desgaste. Agora vamos falar de timbres de instrumentos principalmente os eletrônicos (pedais e amplificadores de guitarras, baixo, teclados e processadores de efeitos em geral) que são sempre motivo de preocupação para nós técnicos e produtores musicais.

  















Exemplo da posição flat no equalizador de uma mesa analógica.


 Exemplo da posição flat em um pedal de guitarra analógico.
 
Mais como de costume as pessoas se confundem muito quanto ao sentido desse ajuste quando se trata de mixagem de um disco ou de um show ao vivo. Não faz muito tempo em que fui convidado para fazer uma mixagem de um show de uma cantora amiga minha aqui na cidade, e no Checking Áudio (Passagem do som), depois de checar a parte percussiva da banda fui para os intrumentos de cordas e outros instrumentos: Sanfona, teclado, baixo, guitarra e um violão de 12 cordas tudo normal até chegar a vez desse violão de 12 cordas. O Músico usava em seu violão um pedal de efeito mais comum em guitarras e a sua maneira de programar os efeitos e timbres do pedal que na verdade era um processador de vários efeitos pra guitarra, ele tinha uma visão muito particular dos timbres e volumes dos bancos do som de seu pedal, mais no contexto geral da mixagem entre os outros instrumentos a cada mudança de ajuste ou banco, sujava (misturava o som geral) da mixagem. Falei com ele sobre o problema e a resposta dele pra mim foi deixa flat na mesa... Ou seja, ele tem uma idéia super equivocada do assunto. Vou explicar porquê. 

EXPLICANDO MELHOR
Enquanto o músico só trabalhar com o som do seu instrumento, nós técnicos trabalhamos com todos os intrumentos juntos e numa mixagem de um show ao vivo você não tem a comodidade de um estúdio no qual você pode pegar aquele som que está uma hora mais alto ou mais baixo e ajustar ele no lugar certo através de recursos como AUTOMAÇÃO. Ao vivo você precisa trabalhar em conjunto ( Por isso que chamavam assim as bandas antigamente). 
Para que o plano sonoro seja o mais parecido com o disco que você escuta em casa. Para você que pensa que um técnico de som ao vivo só faz checar se ta chegando o instrumento e passa o resto da noite tomando cerveja e paquerando, tá enganado ele faz parte da banda ele trabalha todo o show. 

Portanto o FLAT é uma palavra com vários sentidos em muitas áreas e no nosso caso o som tem vários exemplo de uso dessa palavra. Por exemplo uma caixa de som de referencia num estúdio. Usa-se o termo flat pra dizer que aquela caixa de monitor de referência não tem coloração no seu som (Agudos ou graves em excesso), no P.A. (Sistema de caixas de som endereçadas ao público). Quando agente faz o alinhamento desse sistema a finalidade é deixar o mais equilibrado possível as freqüências de graves, médios graves, médios agudos e agudos, ou seja FLAT na linguagem do engenheiro de áudio. 
Espero ter ajudado aos amigos nessa pequena conversar sobre áudio. 

Por Thadeu Alves