Está rolando mundo afora a maior discursão sobre o futuro da indústria fonográfica, qual será o formato físico do futuro, qual tipo de mídia, ou se apenas vai ter êxito comercial quem fizer isso ou aquilo, Itunes, download pago, etc.
É verdade que a música não depende apenas de formato um formato específico para ser feita, muito menos para ser de boa qualidade, e sabemos que os tempos mudaram muito, muita gente não tem tempo para amar o próximo, muito menos para ouvir um disco todo ou mesmo mudar do lado A para o lado B.
Eu trago comigo um jeito muito particular de ser, de não seguir modísmos, de não me vender nem de fazer algo somente porque alguém disse ser o caminho, apesar de não ser tão radical a ponto de deixar passar um idéia ou estratégia atualizada de comercialização do meu produto, mas buscando a coerência sempre.
Quando se trata de trazer de volta a fabricação do disco de vinil, o LP, muitos tiram muito "sarro" da idéia, vou fazer minhas as palavras do colega que escreveu isso abaixo:
"Comprar algo ‘porque é a última tecnologia’, é coisa de suburbano, subdesenvolvido com complexo de inferioridade. Uma novidade não precisa excluir necessariamente a anterior. Mas, claro, o marketing não funciona assim…" (comentário feito por Luciano www.lucianomello.com.br)
Edição brasileira do 1º album de Bill Haley de 1956
Eu fico indignado quando escuto alguém fazer aquele comentário "quem gosta de coisa velha é museu", quanta ignorância, quanta burrice e alienação, lembrando que há uma grande diferença entre uma "coisa velha" deteriorada e algo antigo mas bem conservado (ou restaurado), algo que preserva a memória da nossa história, muitas veses com pioneirísmo.
Não acredito ser este o caso do disco em vinil, nunca o classifiquei como antiguidade, já que nunca deixou de ser fabricado em países do primeiro mundo, e há mais de um ano deixou de ser fabricado no Brasil mas já reabriu as portas da Polysom única fábrica da América Latina, entre seus clientes a Sony Music que está lançando a série Meu Primeiro Disco, que traz de volta ao mercado alguns álbuns históricos em edição limitada, entre eles LPs dos Engenheiros do Hawaii, Inimigos do Rei, João Bosco, Skank, Zé Ramalho e Maria Bethânia. A conterrânea Nação Zumbi terá o seu primeiro disco também relançado.
Do lado de cá vou batalhar para que pelo menos um dos trabalhos da Ipojuke seja lançado em vinil, apesar de não ser tão barato fazer nesse formato, em parte devido a velha problemática do Brasil em relação as taxas tributárias, já que boa parte da matéria prima do vinil é importada.Por Joanatan Richard
Nenhum comentário:
Postar um comentário